O futuro do campus da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) em Silveira Martins está em jogo. E a definição do que irá ocorrer com a Unidade Descentralizada de Educação Superior da UFSM em Silveira Martins (Udessm) depende de um estudo que começou na semana passada.
Contratados pela reitoria da Federal, consultores da Fundação Getúlio Vargas (FGV) devem apontar soluções para os problemas que rondam o campus de Silveira desde sua criação, em 2007: a baixa procura pelos cursos e evasão de alunos.
Segundo a reitoria, o campus deveria ter 1,6 mil alunos nos cursos de Administração, Ciências e Humanidades, Tecnologia em Agronegócios, Tecnologia em Gestão Ambiental, Tecnologia em Gestão de Turismo e Tecnologia em Processos Gerenciais.
_ Não chegamos a 215 alunos. Para se ter uma ideia, o campus de Cachoeira do Sul, fundado neste ano, já conta com 200 alunos _ diz o vice-reitor da UFSM, Paulo Bayard Gonçalves.
O estudo está em sua fase inicial. Entre quarta e sexta-feira passada, dois técnicos da FGV fizeram um reconhecimento da realidade. Eles se reuniram com dirigentes da UFSM, com coordenadores de cursos da unidade, professores, alunos e os moradores de Silveira Martins.
_ O estudo está na primeira fase, a de reconhecimento. É um estudo profundo e complexo para tentarmos resolver essa questão, que envolve dinheiro público _ explica Bayard.
Fechamento é possível
A partir do diagnóstico, que avaliará o atual modelo, a reitoria determinará quais ações serão tomadas para que o "campus cumpra o seu papel que, hoje, está bem aquém daquilo que comportaria".
_ Tudo é possível. Há possibilidade de incrementar a unidade, mudar o enfoque dos cursos atuais, abrir outros cursos ou até mesmo encerrar as atividades _ afirma o vice-reitor.